Educação 4.0

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Tecnologia na Educação

A tecnologia pode ser implementada para ajudar professores e alunos. Conseguindo realizar a conexão entre diferentes espaços escolares, os smartphones podem se tornar grandes aliados. Para professores, a internet das coisas na palma da mão pode representar…

Na Era Digital

O Protagonismo da Educação na Era Digital

Há poucas décadas atrás, um dos maiores desafios que tínhamos enquanto sociedade era a democratização do acesso à informação por meio da internet. Nesse período, os telecentros, as lan houses e as bibliotecas se tornaram importantes centros de acesso à rede e, aos poucos, fomos adotando e incorporando a internet como peça fundamental em nossas vidas.

 

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Esse período de adaptação e preparação acontece com cada nova tecnologia que é desenvolvida e amplamente disponibilizada, a diferença é a velocidade com a qual cada uma delas altera a dinâmica de estruturas importantes da sociedade. Estamos vivendo em um cenário profundamente impactado por novas tecnologias digitais como inteligência artificial, robótica avançada, internet das coisas (IoT), entre outras, e todas elas são meios fundamentais para gerarmos e consumirmos mais conhecimento.

Diante desse período de transição pelo qual estamos passando, um dos principais desafios é preparar pessoas com as competências necessárias para abraçar as oportunidades que emergem e evitar a ampliação de desigualdades. A busca por talentos e o gap de habilidades é uma realidade que tem urgência em ser endereçada. Uma pesquisa do IDC aponta que a América Latina terá uma escassez de mais de 550.000 profissionais de TI em 2019, especialmente nessas novas tecnologias e temos ainda um longo caminho para transformação digital de governos e outros setores.

Neste processo de adaptação, precisamos refletir sobre a formação dentro das redes de ensino. Um bom exercício é observar as competências que apresenta o jovem que se forma no ensino médio. O quão preparado ele está para ser protagonista da sua vida? Está pronto para ingressar no ensino superior? Inserir-se no mundo do trabalho? Adaptar-se bem às mudanças? Tem atitude colaborativa? Tem afinidade com tecnologia e a considera como meio de atingir seus objetivos?

A combinação de um currículo que dialoga com oportunidades reais de carreiras que já reflitam o impacto das tecnologias, formação de professores e experiências no mundo do trabalho, endereça de forma sistêmica uma alternativa para a solução do desafio de formação na era digital nos curto e médio prazos. É necessário convergir esforços e apoiarmos o papel protagonista da educação para que possamos responder às demandas do século XXI, incluindo o desenvolvimento de competências socioemocionais, visão e comportamento empreendedor, despertando interesse e desenvolvendo habilidades em tecnologia.

Em um estudo do Bando Mundial de 2018, o capital humano de um país é apontado como a nova riqueza das nações. Políticas públicas que encaminhem alternativas são chave, mas o engajamento de empresas e envolvimento da sociedade civil também são fundamentais. Apenas uma coalizão entre todos os atores da sociedade poderá promover maior equidade de oportunidades e de mudança social por meio da educação no século XXI para todos.

Juliana Nobre Gerente de Cidadania Corporativa da IBM

06/03/2019 às 9h15

COMPUTERWORLD

Educação 4.0, macrovisão

Princípios e práticas de inovação em gestão e docência

Com a revolução proporcionada pelas tecnologias e mídias digitais, intensificada a partir dos anos 1990, profundas mudanças vem ocorrendo na forma como se lida com a informação e o conhecimento. Este contexto tem transformado de forma rápida e profunda a cultura e, mais especificamente, os padrões cognitivos dos jovens, o que acaba por afetar direta e indiretamente os processos educacionais formais praticados nas instituições de ensino da educação básica e superior.

 

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Com a revolução proporcionada pelas tecnologias e mídias digitais, intensificada a partir dos anos 1990, profundas mudanças vem ocorrendo na forma como se lida com a informação e o conhecimento. Este contexto tem transformado de forma rápida e profunda a cultura e, mais especificamente, os padrões cognitivos dos jovens, o que acaba por afetar direta e indiretamente os processos educacionais formais praticados nas instituições de ensino da educação básica e superior.

Modelos educacionais unilaterais, monolíticos e lineares relacionados aos processos de ensino-aprendizagem já não conseguem mais responder aos desafios pedagógicos da atualidade, o que vem exigindo a construção de novas abordagens teóricas e tecnológicas mais potentes dedicadas à gestão do conhecimento.

A Educação 4.0 consiste em uma abordagem teórico-prática avançada para a gestão e docência na educação formal que vem demonstrando, por evidência de pesquisas de base científica e tecnológica, seu potencial transformador e inovador para as instituições de ensino.

A Educação 4.0, identificada por E4, está estruturada sobre quatro referenciais teórico-tecnológicos, considerados pilares dinamicamente interligados, definidos como pilares estruturadores, tendo ao centro o Modelo Sistêmico de Educação (MSE).

A interconexão entre os pilares apresentados estrutura a Educação 4.0 e, inclusive, a coloca como instrumento para autoria de modelos para gestão e docência em instituições da educação básica e superior.

O que se espera da Educação 4.0, para as instituições educacionais e seus atores?

O modelo ‘Educação 4.0’, por suas características e as possibilidades que oferece, pode contribuir para levar uma instituição educacional a alcançar as seguintes metas:

1 – Inserção da instituição de ensino no contexto socioeducacional contemporâneo, a partir de iniciativas inovadoras sustentadas pelo modelo da Educação 4.0, revelado pelo paradigma que situa a escola no mundo e o mundo na escola.

2 – Inserção da escola no contexto da educação contemporânea tornando-a apta a lidar com os novos desafios da gestão e da docência;

3 – Qualificação do nível de gerência (coordenação pedagógica e supervisão escolar) de modo a que os profissionais responsáveis por este setor estejam aptos a traçar planejamento para ações de formação continuada na instituição, aprimorando o diálogo com gestores, docentes e discentes, além de estabelecer métricas (avaliações continuadas) que contribuam para o aprimoramento dos processos pedagógicos e de atendimento social na escola;

4 – Qualificação de alto nível para que docentes passem a atuar sob uma perspectiva inovadora continuada, concebendo, executando e avaliando processos pedagógicos com maior nível de valor agregado e com capacidade para gerir cenários educacionais complexos, como os da atualidade;

5 – Desenvolvimento de competências e habilidades docentes na autoria de percursos formativos relevantes para os estudantes, no contexto das novas expectativas para a educação contemporânea e futura, considerando modelos de avaliação pertinentes aos novos cenários da educação contemporânea.

6 – Integração entre docentes e discentes de modo a fazerem uso apropriado de plataformas educacionais digitais, que suportem metodologias ativas, integrando mídias educacionais digitais/analógicas e outros recursos relevantes para os processos de ensino-aprendizagem na contemporaneidade. Suporte à gestão, proporcionando supervisão processual e seletiva (inclusive individual).

7 – Capacitação de gestores e coordenadores para analisar a infraestrutura existente na instituição, sob o ponto de vista sistêmico, com vistas a otimizar recursos e preparar as equipes e os ambientes da escola de modo a atender às demandas contemporâneas da educação.
8 – Capacitação docente para utilização plena dos espaços ciberarquitetônicos de forma a valorizar tanto as ações individuais quanto em grupos, realizadas pelos estudantes no âmbito presencial, remoto ou híbrido.

9 – Apropriação e produção de conhecimento de base científica e tecnológica para a educação, com acesso a publicações e artigos especializados, na perspectiva da inovação institucional continuada.

10 – Elaboração de um cuidadoso Planejamento Estratégico pela gestão, dedicado a traçar diretrizes de longo, médio e curto prazos tendo em vista o desenvolvimento institucional e a elevação do nível de qualidade dos serviços educacionais oferecidos à sociedade, fundamentado em princípios e práticas da Educação 4.0.

Estas dez metas, a serem alcançadas por uma escola que se insira no contexto da Educação 4.0 situam-se no âmbito das grandes expectativas, identificadas no horizonte de eventos da atualidade e de futuro, permitindo a criação e manutenção de um plano estratégico que não só possa levar a instituição à fronteira do estado-da-arte em educação, mas principalmente que possa permitir à mesma conceber, executar e ajustar um plano de inovação continuada, indispensável para produzir um crescimento sustentável no médio e longo prazo, com atendimento de suas demandas internas e externas.

Cassiano Zeferino de Carvalho Neto, Dr.
Autor do modelo Educação 4.0

Tecno Educação

Tecnologia na Educação

Fazer uso da tecnologia na educação já é uma necessidade inadiável, reconhecida por todo profissional do ensino que anda atualizado com as últimas tendências na área. Dito isso, no entanto, é preciso se dar conta de que a forma com que esse recurso deve ser empregado em sala de aula nem sempre é clara.

Simplesmente usar ferramentas tecnológicas na escola, como fim em si mesmas, não é bem o objetivo. A seguir segue um exemplo de como utilizá-las da maneira mais produtiva, além de como lidar com seus principais problemas e introduzi-las adequadamente na instituição de ensino.

1. Introduzindo a tecnologia na escola

Se a intenção é que o emprego da tecnologia na educação não seja um fim em si mesmo, isto é, que os recursos sejam usados para trazer melhorias efetivas para a escola, será preciso realizar algumas mudanças na dinâmica das aulas.

Nesse caso, é interessante preparar a introdução da novidade de maneira diferente para cada um dos grupos a serem afetados por ela, a saber:

1.1. Corpo docente e funcionários

Contar com o apoio de professores e outros colaboradores no processo de adotar a tecnologia na escola é fundamental, afinal, são eles que irão lidar diretamente com a questão, por isso, quanto mais a favor da mudança estiverem, melhor.

Além de motivar o uso da tecnologia entre esses profissionais, é preciso ainda ajudá-los a empregá-la da melhor maneira possível, oferecendo treinamentos, aulas de informática e até funcionários auxiliares para deixá-los mais seguros com o uso dos novos recursos.

Acompanhar a relação de cada um com as tecnologias adotadas a fim de diagnosticar problemas, receber feedbacks e promover uma melhoria constante também é essencial.

1.2. Pais e responsáveis

O envolvimento dos pais na educação de seus filhos é de grande importância para o sucesso dos estudantes. Diante disso, promover a participação dos familiares nas mudanças a serem implementadas para a adoção da tecnologia em sala de aula é outro passo fundamental.

Por meio de reuniões, notificações e uma comunicação aberta entre os pais e a escola, é possível que eles contribuam para a introdução da tecnologia, aumentem o engajamento dos filhos, ofereçam feedbacks enriquecedores e, mais importante, compreendam e apoiem a iniciativa.

1.3. Alunos

Com a geração Z nascida e criada em um mundo dominado pela tecnologia, é difícil imaginar que possa haver qualquer tipo de resistência por parte dos alunos na implementação da tecnologia em sua educação.

Ainda assim, é preciso cuidar de sua preparação para receber a novidade justamente para que a familiaridade com os recursos digitais não os leve para longe do aprendizado, restringindo seu uso da tecnologia ao entretenimento ou a atividades que poderiam ser feitas fora da sala de aula.

Os motivos por trás da introdução das ferramentas tecnológicas, bem como os objetivos de cada uma delas, devem ser bem conhecidos pelos alunos, e a atitude esperada deles em relação a isso deve ser sempre clara e relembrada quando necessário.

2. Entendendo as demandas de seus alunos

Outro ponto importante para a escola que deseja realmente aproveitar os benefícios que a tecnologia pode oferecer no lugar de simplesmente adicioná-la à gama de recursos disponíveis nas salas de aula é pesquisar e entender as principais demandas dos alunos.

Dessa maneira, é possível empregar justamente os recursos de que eles precisam para melhorar seu desempenho, além de garantir que a medida terá efeito em sua motivação e engajamento.

Para tal, é interessante procurar saber:

  • que tipos de aparelhos tecnológicos os alunos mais usam fora da sala de aula;
  • quais são os programas e aplicativos mais usados por eles, tanto para atividades relacionadas à escola quanto para seu próprio entretenimento;
  • qual é a familiaridade de cada um com os diferentes tipos de recursos disponíveis no mercado;
  • de que tipo de informação ou conhecimento do uso da tecnologia os alunos mais podem precisar em suas futuras vidas profissionais;
  • o que eles gostariam de aprender ou dominar quando o assunto é tecnologia.

A partir daí, os gestores da escola podem entender quais ferramentas e recursos terão mais utilidade e aceitação em sala de aula (tablets, e-readers, smartphones). Além disso, é possível criar atividades específicas relacionadas à tecnologia, como oficinas de edição de vídeo, aulas de informática, programação básica, etc.

3. Como mapear os principais problemas em sala de aula?

Para usar a tecnologia com o objetivo de sanar problemas em sala de aula, deve-se, em primeiro lugar, localizar esses problemas. Dessa forma, as chances de que as mudanças surtam efeitos positivos são muito maiores.

Realizado tanto antes quanto após a implementação da tecnologia, o mapeamento das dificuldades — dos alunos e dos professores — é crucial para a melhoria constante do ensino, e pode ocorrer da seguinte maneira

3.1. Antes da implementação

Além da pesquisa realizada entre os alunos para entender suas principais demandas, vale pedir ainda a professores e colaboradores que observem, em sala de aula, quais são as principais dificuldades no dia a dia — da falta de motivação dos estudantes à escassez de oportunidades e conhecimento para adotar novas práticas de ensino, por exemplo.

A partir desse levantamento, podem-se estudar os recursos disponíveis para escolher aqueles que melhor atendem a essas demandas e traçar um plano de melhoria em longo prazo.

3.2. Após a implementação

Nas primeiras semanas após a adoção da tecnologia em sala de aula, deve-se acompanhar a adaptação de professores e alunos para sanar possíveis resistências e dificuldades iniciais.

Depois disso, o monitoramento deve continuar não apenas para prevenir problemas e garantir que as ferramentas continuem a ser usadas da forma correta como, também, para analisar os resultados obtidos a fim de continuar avançando.

Vale lembrar que, após a implementação, é possível que problemas que passaram desapercebidos antes dela se revelem — como, por exemplo, dificuldades de alunos específicos com o uso da tecnologia —, devendo ser então estudados e devidamente sanados.

4. A importância da atualização do profissional com as últimas tendências em educação

Na era da comunicação, a formação continuada é exigência em praticamente qualquer área. Entretanto, mesmo antes da revolução trazida pela informática, a atualização constante dos profissionais da educação já era um requisito para seu sucesso. Afinal, ensinar requer, antes de tudo, aprender, e, para isso, professores, coordenadores e diretores precisam estar por dentro das descobertas e tendências mais atuais da educação.

Ademais, a própria forma de ensinar vem passando por transformações aceleradas nos últimos anos, com o surgimento da chamada educação 3.0, por exemplo. Nesse contexto, manter-se informado acerca das inovações em pedagogia é imprescindível para que o profissional do ensino continue realizando seu trabalho com qualidade.

Ao se familiarizar com as tendências relacionadas à tecnologia na educação, os professores entrarão em contato com novas formas de ensinar e poderão desenvolver — caso ainda não o tenham — o hábito de continuar atualizando-se para descobrir outros usos das ferramentas disponibilizadas, novos programas e aplicativos de ensino, e por aí vai.

Com isso, ganha-se flexibilidade, aumentando a capacidade dos profissionais de se adaptar a mudanças e aprender a lidar com novidades na escola.

À medida que se acostuma a usar as novas ferramentas, o educador consegue ainda melhorar sua gestão de tempo dentro e fora da sala de aula, assim como estreitar seu relacionamento com os alunos por meio da interação com os aparelhos eletrônicos, tão presentes no dia a dia deles.

A atualização impulsionada pela adoção da tecnologia, portanto, permitirá ao profissional da educação não apenas manter-se em dia com o que há de mais recente em sua área, como também trará benefícios diversos para a sua rotina, sua relação com os estudantes e o funcionamento da própria escola.

5. Moderando o uso da tecnologia

Usar a tecnologia em sala de aula visa a aproveitar todas as vantagens que ela pode trazer para professores, pais e alunos, correto? Não se trata, assim, de ignorar as dificuldades que já existem (ou que possam eventualmente surgir no processo), muito menos de criar uma relação de dependência com as ferramentas tecnológicas.

Felizmente, é a própria adoção da tecnologia que permitirá à escola moderar seu uso pelos alunos com muito mais eficácia.

Ao ensinar como e quando esse recurso deve ser usado, além de controlar os momentos em que eles serão empregados em sala, o professor pode direcionar a capacidade dos estudantes de usar os aparelhos eletrônicos em seu próprio benefício, reduzindo seu uso inadequado e aumentando sua habilidade de lidar corretamente eles.

Com a aplicação consciente da tecnologia na escola, é possível, por exemplo:

  • combater o cyberbullying e outras formas de preconceito;
  • reduzir a distração causada pelos smartphones e aparelhos mobile;
  • equilibrar o tempo que os estudantes dedicam aos jogos eletrônicos, aos estudos e à prática de atividades físicas;
  • orientar a pesquisa em fontes on e off-line confiáveis, aumentando o senso crítico dos alunos.

O ensino híbrido, que combina a educação tradicional e o uso da tecnologia para conquistar a personalização do ensino, também pode ajudar a conciliar a utilização de ferramentas digitais com a atenção em aulas presenciais, assim como o uso de livros didáticos físicos, por exemplo.

Qualquer que seja a metodologia adotada pela escola, é importante que, durante a transição pela qual ela passará para implementar o uso da tecnologia, haja processos claros entre os profissionais e os alunos, bem como o diálogo constante para lidar com obstáculos e dificuldades.

Aos poucos, com horários e expectativas bem definidos em relação à utilização das novas ferramentas, será possível educar docentes e discentes para que todos se beneficiem e aprendam a usar a tecnologia a seu favor, sem se tornarem dependentes dela.

6. Estimulando a leitura em sala de aula com ajuda da tecnologia

O desinteresse pela leitura é um problema recorrente nas escolas hoje em dia, principalmente entre os jovens da geração Z. De fato, algumas pessoas chegam a associar essa questão à afinidade dos alunos com a tecnologia, entretanto, na realidade é possível, sim, usar o universo digital para incentivar o hábito de ler. Veja como:

6.1. Aproveite os livros em diferentes formatos

Poder ler em tablets, smartphones e até e-readers, além de ser bastante prático, é uma excelente maneira de motivar os jovens que não se desgrudam das telinhas a descobrir o mundo da leitura. Alguns aplicativos contam com opção de consulta a dicionários dentro dos próprios livros digitais, e há também bibliotecas que fazem empréstimos de e-books.

Outra ideia para desenvolver o gosto pela literatura usando a tecnologia é por meio dos audiolivros, que também contribuem para que alunos com diferentes perfis de aprendizado possam desfrutar igualmente dos livros trabalhados em sala.

6.2. Transforme a leitura em uma experiência multimídia

Um excelente exemplo de como a leitura pode ser interativa e multimídia é a série de webcomics (quadrinhos para a web) Homestuck, publicada no site MS Paint Adventures entre 2009 e abril de 2016.

Composta por uma combinação de texto, imagens estáticas e animadas, jogos em Flash e vídeos que somam mais de 8 mil páginas e 800 mil palavras, a série pode ser “lida” no original, em inglês, ou em português.

Inspirando-se nessa ideia, professores podem também aproveitar a tecnologia para tornar a experiência de leitura ainda mais interessante e enriquecedora ao indicar a filmes, reviews em vídeo, entrevistas com o autor e outros documentos on-line, realizar pesquisas diversas, entre várias outras possibilidades. Basta usar a criatividade!

6.3. Apresente os alunos a boas fontes on-line

A internet, sem sombra de dúvida, contém um número assustador de informações incorretas, textos mal-escritos, reportagens tendenciosas e outras mídias que podem acabar prejudicando os alunos com senso crítico em desenvolvimento.

Entretanto, é inegável que, em meio a tudo isso, há também uma infinidade de fontes interessantíssimas, que podem contribuir para enriquecer as pesquisas dos estudantes e apresentar-lhes pontos de vista únicos e completos.

Antes de condenar as pesquisas on-line, portanto, é muito produtivo que o professor procure conhecer os sites mais confiáveis para repassá-los aos alunos, ajudando-os a reconhecer, sozinhos, os sinais de que um texto é relevante e verídico.

Alguns bons exemplos são:

  • páginas de universidades, nas quais os estudantes podem encontrar artigos acadêmicos sobre diversos assuntos;
  • o site Domínio Público, no qual se encontra uma variedade enorme de e-books gratuitos em português;
  • revistas digitais gratuitas financiadas pelas universidades e órgãos de fomento à pesquisa (como aquelas disponíveis no Portal de periódicos da Capes);
  • o Project Gutemberg, site com e-books gratuitos em diversas línguas;
7. Usando a tecnologia também para a avaliação do aluno

Finalmente, é interessante ficar por dentro das maneiras que a tecnologia pode ser usada para avaliar os estudantes, otimizando o tempo do educador, potencializando o diagnóstico de dificuldades e, consequentemente, melhorando o desempenho e motivação dos alunos.

Mesmo que não substituam por completo outros tipos de avaliação — visto que a variedade nos métodos avaliativos é, aliás, o mais recomendado para cobrir os diferentes perfis de aprendizado —, as provas digitais podem ser corrigidas por computador e ainda fornecem automaticamente dados sobre o desempenho dos estudantes para análise e comparação pelos gestores.

Além de diversificar o tipo de avaliação oferecido pela escola, deixar que os alunos usem a tecnologia para mostrar o que aprenderam enriquece sua experiência e aumenta sua segurança e entusiasmo com os estudos.

Conclusão

Apostar no uso de ferramentas tecnológicas no ensino já é requisito para as escolas que desejam se destacar pela inovação e atualização com as mais modernas tendências pedagógicas.

Ainda assim, para que a tecnologia não se torne um fim em si mesma, é preciso estudar as melhores formas de empregá-la a fim de trazer benefícios para professores e alunos, aumentando a motivação de ambos em sala de aula.

Quer saber mais sobre como as ferramentas digitais podem ser usadas para identificar os pontos fortes e fracos dos alunos?

plataforna educacional

Por Luísa França

6 de jun de 2018

I.O.T Educação

Já faz tempo que a tecnologia faz parte de nosso dia a dia. Estamos conectados desde a hora que acordamos. Antes com os rádios relógios e hoje com os modernos e inseparáveis smartphones. Aliás, esses pequenos – ou nem tão pequenos assim – aparelhos ajudam em praticamente todas as atividades do dia a dia. Há alguns anos eles ganharam um novo aliado, a Internet das Coisas (IoT na sigla em inglês). De maneira prática, o termo pode ser definido como objetos, pessoas ou coisas conectadas à internet e entre si por meio de uma rede de computadores, que possuem sensores, circuitos eletrônicos e softwares capazes de coletar, processar e trocar dados.

 

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Apesar de o conceito ser novo, ele já é utilizado no cotidiano. Um bom exemplo são as Smart TVs que permitem aos usuários acessar apps, lojas, sites e produtos interativos diretamente de seus aparelhos. Prova de que a ideia veio para ficar e mudar o modo como enxergamos o mundo é o Plano Nacional de Internet das Coisas, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC), que vai ajudar em novos projetos que utilizem a IoT.

A educação é outro setor no qual essa tecnologia pode ser implementada para ajudar professores e alunos. Conseguindo realizar a conexão entre diferentes espaços escolares, os smartphones podem se tornar grandes aliados. O aparelho permite que o aluno acesse laboratórios, verifique a disponibilidade de livros na biblioteca, marque reuniões ou possa até comprar lanches. Para professores, a internet das coisas na palma da mão pode representar maior facilidade para preencher diários de classe ou ministrar aulas mais interativas.

Toda essa conectividade favorece também a educação a distância (EAD). Só no Brasil, 26% de toda educação superior vem da modalidade e projeções apontam que o EAD pode ultrapassar as aulas presenciais em cinco anos. Além disso, com diversas conexões os estudantes podem interagir com os professores e acessar e estudar as matérias em qualquer lugar, a hora que desejarem, tendo a mesma experiência de uma sala de aula.

Algumas universidades também já oferecem cursos sobre as novas tecnologias, como o Big Data e o próprio IoT. A intenção é ajudar a intensificar a adoção desses elementos para um desenvolvimento mais rápido da sociedade. Um bom exemplo de aplicação dessas tecnologias nesse sentido são as smart cities ou cidades inteligentes, que melhoram a infraestrutura urbana e tornam os grandes centros mais eficientes e melhores para se viver. Mas não para por ai! O uso e a evolução da IoT estão só começando.

*Por Aliton Quadrante Freitas

* Ailton Quadrante Freitas é Técnico em Eletrônica e Professor Universitário do curso de Graduação e Pós-Graduação da UNIBTA

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