Na vizinhança onde mora o carioca Herbert Veloso, de 20 anos, pedir comida por aplicativo é difícil: poucos entregadores e empresas aceitam chegar até os endereços que ficam no Complexo do Alemão, que abriga um dos maiores conjuntos de favelas da Zona Norte do Rio e que, não raramente, atrai atenção no noticiário nacional em episódios relacionados a crimes, assassinatos e operações policiais.

São problemas sociais que atingem, além do Alemão, muitas outras favelas e periferias de cidades em todo o país, mas viraram oportunidade de negócios para o programador, que pretende lançar até dezembro a versão definitiva do aplicativo de entregas Brotaki, “mistura de Rappi e iFood”, na definição dos criadores.

Voltada para os clientes e comerciantes da favela em que ele vive e trabalha, a ferramenta já está em fase de testes.

“Tem muita gente na favela que tem necessidade de ser atendida e não tem ninguém oferecendo o serviço. O buraco dessa exclusão gera um nicho de negócio absurdo”, diz Herbert, um dos sócios fundadores da startup de tecnologia Agência Cptech, formada por jovens desenvolvedores.

A empresa funciona no contêiner da ONG Educap, que oferece oportunidades de educação para os moradores e foi onde os empreendedores estudaram programação no Alemão.

Fonte BBC News